"O câncer de endométrio é muitas vezes subestimado, mas sua incidência está aumentando, tornando a conscientização, o diagnóstico precoce e a pesquisa essenciais para melhorar os desfechos." - Dr. David M. Gershenson (oncoginecologista e pesquisador)
Publicado em Março 31, 2025
O câncer do endométrio é o tumor ginecológico mais comum nos países desenvolvidos e um dos que mais cresce em incidência mundialmente. Ele surge no endométrio (camada interna do útero) e está frequentemente associado a fatores hormonais, obesidade e predisposição genética.
Mas como identificar os sinais de alerta? Um dos principais sintomas é o sangramento uterino anormal, especialmente após a menopausa. Continue a leitura para entender os fatores de risco, diagnóstico e as opções de tratamento, incluindo abordagens para preservação da fertilidade.
Segundo a International Agency for Research on Cancer (IARC), o câncer do endométrio foi responsável por mais de 417.000 novos casos em 2020, representando 4,5% de todos os cânceres femininos.
Os principais fatores de risco incluem:
🔸 Idade: Mais comum após a menopausa, com pico de incidência entre 55 e 65 anos.
🔸 Obesidade: O excesso de gordura leva ao aumento da produção de estrogênio, que estimula o crescimento do endométrio.
🔸 Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): O desequilíbrio hormonal na SOP pode aumentar o risco devido à anovulação crônica e ao estímulo estrogênico descontrolado.
🔸 Terapia hormonal com estrogênio isolado: Mulheres que fazem reposição hormonal sem progesterona correm maior risco.
🔸 Síndrome de Lynch e Histórico Familiar: Alterações genéticas hereditárias aumentam a predisposição para câncer endometrial e colorretal.
🔸 Diabetes e Hipertensão: Condições metabólicas frequentemente associadas ao câncer do endométrio.
O principal sintoma do câncer do endométrio é o sangramento uterino anormal, especialmente em mulheres na pós-menopausa.
✔ Ultrassonografia Transvaginal: Avalia a espessura do endométrio.
✔ Histeroscopia com biópsia: Considerado o exame padrão para confirmação diagnóstica.
✔ Ressonância Magnética: Útil para avaliar invasão miometrial e estadiamento.
Os principais subtipos incluem:
🔹 Adenocarcinoma Endometrioide (80-90% dos casos): Mais comum, associado à obesidade e ao estrogênio.
🔹 Carcinoma Seroso e Carcinoma de Células Claras: Subtipos agressivos, não relacionados ao excesso de estrogênio.
🔹 Sarcomas Uterinos: Tumores raros, porém de comportamento agressivo.
O tratamento padrão envolve cirurgia, geralmente com histerectomia total e remoção dos ovários e trompas (salpingo-ooforectomia bilateral). Dependendo do estadiamento, podem ser indicadas radioterapia, quimioterapia ou terapia hormonal adjuvante.
Mulheres jovens diagnosticadas com adenocarcinoma endometrioide G1 ou G2, sem invasão miometrial, podem ser candidatas a tratamentos preservadores da fertilidade.
As principais abordagens incluem:
✅ Terapia Hormonal com Progestágenos
✅ Monitoramento Frequente
📌 Estudos mostram que até 75% das pacientes tratadas com progestágenos apresentam regressão completa da doença, e até 50% conseguem engravidar posteriormente.
▪️Graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM)
▪️Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Escola Paulista de Medicina / Hospital São Paulo (UNIFESP-EPM)
▪️Residência Médica com Ano Opcional - Ênfase em Ginecologia Oncológica pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM)
▪️Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
▪️Certificado de Atuação em Endoscopia Ginecológica pela FEBRASGO
▪️Membro das sociedades ginecológicas FEBRASGO, ESGO (European Society of Gynaecological Oncology) e ESHRE (European Society of Human Reproduction and Embryology)
▪️Fellowship Ginecologia Oncológica no Istituto Nazionale dei Tumori em Milão - Itália
▪️Founder da GAVVA Clínica ( @gavva.clinica ) Medicina Reprodutiva e Oncofertilidade
▪️Co-autor da LiFE Report No 19 no capítulo de "Tumores Ovarianos do Cordão Sexual e Germinativos" da ENYGO (European Network of Young Gynae Oncologists)
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