Infertilidade é um diagnóstico de casal: qual a importância de uma avaliação em conjunto?

"A infertilidade não é uma escolha. A ciência nos deu meios de devolver aos casais o direito de formar uma família". - Prof. Robert G. Edwards (ganhador do Prêmio Nobel e um dos pioneiros da fertilização in vitro)

Publicado em Abril 08, 2025

 

A infertilidade ainda é, muitas vezes, vista como um problema exclusivo da mulher. No entanto, esse é um equívoco. A ciência já comprovou que dificuldades para engravidar podem estar relacionadas tanto ao organismo feminino quanto ao masculino — ou até mesmo a ambos. Por isso, a avaliação conjunta do casal é essencial no diagnóstico e permite que os tratamentos da infertilidade sejam mais assertivos, sem menosprezar o papel de um dos parceiros na formação do embrião.

 

Por que considerar a infertilidade como um diagnóstico do casal?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos casais em idade fértil enfrentam dificuldades para engravidar após 1 ano de tentativa. Mas precisa esperar tanto assim? Condições como a idade da mulher impactam sobre os sucessos do tratamento e influenciam no resultado de uma gestação. Mulheres entre 35 a 40 anos, podem iniciar a investigação em 6 meses e de maneira imediata após os 40 anos ou se diagnóstico de um fator que altere a fertilidade, no caso das mulheres endometriose ou ovário policístico, e no caso dos homens passado de caxumba, criptorquidia ou diagnóstico de varicocele. Isso porque cerca de 30% das infertilidades têm causas femininas, 30% causas masculinas, 30% envolvem fatores de ambos os parceiros e apenas 10% são de origem desconhecida. Ou seja: é fundamental investigar ambos os parceiros desde o início da investigação.

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Avaliação em conjunto: um passo essencial

A avaliação do casal permite um diagnóstico mais rápido e preciso, além de fortalecer o vínculo de união e o suporte emocional entre os dois. Veja os principais pontos que tornam esse processo tão importante:

 

  • Identificação de causas em ambos os parceiros: condições como baixa contagem de espermatozoides, azoospermia, endometriose, alterações hormonais ou ovulatórias podem ser descobertas e tratadas com maior eficácia.
  • Planejamento de tratamentos personalizados: entender as condições de ambos ajuda a indicar o melhor caminho para o casal— seja relação sexual programa, inseminação intra uterina, FIV, indução da ovulação, entre outros. Lembrando que a escolha do tratamento é feito pelo médico com base no seu contexto de infertilidade. E aqui mora o maior perigo, perde tempo em tratamento não efetivos.
  • Redução do tempo de espera para engravidar: quando o casal é avaliado em conjunto, evita-se a perda de tempo com exames desnecessários ou tratamentos não indicados e muitas vezes ineficazes.

O papel do suporte emocional

Lidar com a infertilidade pode ser emocionalmente desafiador, ainda mais quando é evidenciada em apenas um dos parceiros. Ao passarem por esse processo juntos, o casal encontra mais força para enfrentar os altos e baixos do tratamento, além de se sentirem mais acolhidos e compreendidos mutuamente.

 

Quando procurar ajuda médica?

A hora que você perceber que é necessário uma investigação. Idealmente essa consulta deveria ser antes dos processos de tentativas ou dentro de 1 ano de tentativas. A avaliação inicial deve incluir uma boa conversa em consultório, exame físico, exames laboratoriais que incluem alguns hormônios, ultrassonografia, espermograma e outros testes indicados de acordo com o histórico de saúde do casal.

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Conclusão:


A infertilidade não é esterilidade — é uma condição que precisa ser compreendida como um desafio compartilhado, que é classificada como uma doença pela Classificação Internacional de Doenças (CID), mas que existe tratamento. Investigar e tratar em conjunto é o caminho mais saudável, eficaz e humano para alcançar o sonho da maternidade e paternidade.


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Dr. Henrique Vieira

▪️Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG)

▪️Residência Médica em Urologia pela Fundação Educacional Lucas Machado (FELUMA)

▪️Fellowship em Reprodução Assistida pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM)

▪️Mestrado na Área de Reprodução Assistida pelo Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM)

▪️Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

▪️Professor de Graduação da Universidade de Santo Amaro (UNISA)

▪️Founder da GAVVA Clínica ( @gavva.clinica ) Medicina Reprodutiva e Oncofertilidade

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